terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

PORQUÊ NÃO ACREDITO NA POLÍTICA DE IBICUÍ (REVISADA)


ESTAMOS REPUBLICANDO UM ARTIGO ESCRITO EM NOSSO BLOG EM 27/06/2014 E QUE CONTINUA MUITO ATUAL.

Por: Pericles Gomes

Um dia desses fui perguntado se acreditava na política de Ibicuí. A minha resposta foi enfática. Respondi na “lata”. Não. Eu não acredito! 

Evidentemente que fui questionado a apresentar as justificativas para minha resposta negativa com tamanha contundência. Como nós tínhamos muito tempo, respondi de forma bem detalhada e elencada. Ponto por ponto, tintim por tintimResolvi publicar e compartilhar o que penso. Certa feita escrevi o seguinte: não deixarei de dar a minha opinião em quanto houver um que queira ouvi-la. Então ei-la aí.
Despreparados.
Infelizmente muito dos que estão hoje no poder não tem a mínima condição de estar lá, não estou falando apenas da prefeita e dos vereadores. Como pode ir à frente, se quem está à frente não tem preparo nenhum para isso, abro parêntese para dizer que na oposição também não tem. A política de apadrinhamento tem as suas raízes fincadas na nossa cidade de uma forma tão profunda que é quase impossível de serem arrancadas. Por isso é difícil se fazer um bom governo e legislar bem.
Os palanques nunca são desmontados
Temos muitos pilantras profissionais, travestidos de defensores do povo. Mas que na verdade só pensam em si, em quanto vão lucrar. E usa o povo mais humilde e encabrestado, para maquinar as suas tramóias. Em cada esquina os encontramos e são muitos! Por conta disso os palanques nunca são desarmados. O prefeito (a) não pode governar e os vereadores não podem legislar como queriam ou deveriam. Precisam o tempo todo estar se justificando para o povo que foi envenenado por esses "profissionais em fazer política".
Discursos repetitivos
Tanto faz se é oposição ou governo, os discursos são sempre os mesmos (arcaicos, retrógrados e interesseiros). Nada novo, tudo repetitivo. Sempre mais do mesmo. Na verdade mesmo, a oposição (registro aqui a minha insatisfação em ser oposição desse jeito que ela é) não quer ser governo pra fazer diferente, é mentira quem diz que é.  Quer ser governo para ter os benefícios que o governo pode proporcionar. O discurso é hipócrita. E quem é governo ao se tornar oposição usa o mesmo discurso que criticaram da antiga oposição. É um circulo vicioso.
Mais do mesmo
Millôr Fernades já dizia: O poder é o camaleão ao contrário: todos tomam a sua cor. Meu avô sempre diz que “político só muda de nome e endereço”. Sempre discordei dele. Mas se tratando de Ibicuí, ele tem razão. Os políticos antigos não inovam, não tem visão de futuro e nisso os novos são parecidíssimos. Aliás, são cópias mal feitas. Aqueles que deveriam pensar e agir de forma diferente cometem os mesmos erros. Aí me valho mais uma de Millôr Fernandes para criticar essas posturas: pra quê cometer os mesmos erros, se existem tantos erros novos para serem cometidos.
Desinteresse dos jovens
Na verdade não sei se é desinteresse ou medo, ou os dois juntos. Mas uma coisa é certa: ou inova ou se não, não inovaAté quando os mesmos marajás irão dar as cartas em nossa cidade e a nossa juventude não se levantará contra isso? Os jovens estão incólumes diante disso tudo. É bem verdade que eles são manipulados pelos políticos dos discursos ultrapassados. O que me causa ainda mais espanto. Como pode esses jovens ultra-conectados com o mundo através da internet, das redes sociais, como pode esses jovens que obtém milhões de informações e de forma instantânea, caírem tão facilmente na lábia desses pilantras profissionais de púlpito? Por conta disso a minha esperança e crença na mudança da politica em nossa cidade cada dia mais acaba, se esvai.
O povo compactuado
Estive certa vez em uma reunião política e fiquei estarrecido com o que ouvi. Depois de muita conversa, estratégia e arrumações, eis o que um líder político nosso falou: o outro grupo ganhar pode até ser melhor pra Ibicuí, mas com certeza não será para o nosso grupo. Pasmem... O cara foi aplaudidíssimo depois que proferiu tamanha sentença. Afinal, Millôr sempre afirmava: democracia é quando mando em você e ditadura é quando você manda em mim.
Termino assim a minha reflexão. Se até o povo compactua com isso, como pode existir esperança na política de Ibicuí?
Mas se algum dia surgir alguém ou algum grupo que pense de fato na nossa cidade, encontrarão em mim um aliado, caso contrário permaneço na minha posição, resiliente a tudo isso, longe dessas raposas que dominam a política ibicuiense. Se não surgir, o que nos resta é festejar em junho mais uma vez!
E VIVA O NOSSO SÃO JOÃO!!


Diretor-presidente: Pericles Kinho. Edição: Adenilson Kbça e Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Produção/Departamento Comercial: Amauri Leão. Direção de Marketing: Abel Meira. Colaboração: Edilene Bahiah, Jamilson Campos, Matheus Lima e Werônica Rios.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

CLÁUDIO DOURADO E "O DIA DO VOLTO"!

Por: Pericles Gomes

Estava vendo hoje, a reprise da entrevista do ex-prefeito Cláudio Dourado a Guarani FM. Cheguei à conclusão de que Ibicuí dificilmente produzirá um político como ele. Mesmo nunca tendo votado nele, não posso deixar de admitir que ele seja um político, diferenciado.  O cara foi ovacionado por ter cedido uma entrevista se auto promovendo, e pasmem! Na FM dele.

Roberto Pompeu de Toledo escreveu um artigo defendo o nome do Senador Romero Jucá, como o político típico brasileiro. E eu, defendo o nome de Cláudio Dourado como o político típico de Ibicuí, a entrevista e eu advogamos a seu favor.

“Se alguém interessado nos costumes da nossa política pedisse que lhe indicassem, para um estudo de caso, um político típico Ibicuiense, mas bem típico mesmo, a escolha desse  que vos escreve seria o ex-prefeito Cláudio Dourado. Claro, há muitos políticos típicos por aqui. Mas a maioria falhará num item ou outro. Já Cláudio, por quem esse que vos escreve confessa nutrir, há tempos, especial predileção, reúne, em sua pessoa e em sua biografia, tudo o que o político Ibicuiense tem de mais entranhadamente seu. Deseja-se, para construir o personagem, alguém capaz de servir a (e servir-se de) diferentes governos? Dá Cláudio na cabeça. Alguém com suficiente número de contas rejeitadas pelo TCM e pela Câmara de Vereadores? Outra vez, Cláudio não decepciona. Proprietário de uma FM e usando dela para se promover? Cláudio na lata! Um político que, mesmo sucateando o Município, é aplaudido por muitos? Cláudio outra vez! Um político amado por muitos e odiado por outros tantos? Cláudio! Cláudio!

 Cláudio ostenta a particularidade de ser ao mesmo tempo relevante e irrelevante. Não é fácil de entender, mas com um pouco de esforço o estudioso chega lá. Maioria aterradora dos Ibicuienses conhece e já foi visitado por ele. Distingue-se como excelente orador, tem personalidade marcante, mesmo sendo representante de um pequeno município, conseguiu ser presidente da AMURC (Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia), e acumulou cargos de destaque e incumbe-se de líder da região. O cara é sensacional!

Cláudio nunca esteve na crista da onda. Ao mesmo tempo, sempre esteve na crista da onda. À primeira vista, é um paradoxo. No entanto, ao aprofundar-se no assunto, nosso estudioso talvez chegue à conclusão de que, entre os cláudios da vida, reside aí o pulo-do-gato. Sob o jeitão simplório, meio zonzo, esconde-se uma natureza ligadíssima. Senão, não teria conseguido por três vezes, ser eleito prefeito e ainda surfar vitorioso no mar de lama que em diversas ocasiões ameaçou tragá-lo”.

Voltando a entrevista; ao ser perguntado pelo entrevistador se seria candidato, ele assim responde: “Sou candidato a ser candidato”! E concluiu a entrevista de forma magistral, parafraseando Dom Pedro I: “Se é para o bem de todos, diga ao povo de Ibicuí que volto”! De fato, é digno de aplausos.