quarta-feira, 15 de março de 2017

PADRE VALDO.

O HOMEM DE SOBRENOME REAL.
Pe. Valdo & Maria.

Por: Leandro Bahiah.
Imagem: Rede Social.

Seria egoísmo demais nosso, principalmente dos ibitupaenses, de querer desfrutar-se exclusivamente da sua sabedoria, da sua amizade, da sua alegria e do seu afeto. A ideia de tê-lo conosco a todo tempo e em todas as horas possíveis – é tentadora! Contudo, a sua ausência nos remete a (saudade), isso também é bom! O ser humano só sente falta do que é bom, dos que nos fazem felizes e, que desperta em nós, o quão importante somos na vida. E na despedida: abraços, afagos e lágrimas.
Chegou por aqui, e teve pouquíssimas resistências. E não demorou muito, ganhou a todos. Aquela imagem de padre vista antes, cai por terra. A imagem era sempre de um sujeito carrancudo, que não brincava, e que para você ter uma pequena conversa era preciso antes ter uma permissão divina, esta era a triste imagem que tinha dos padres. Mas isso foi sendo quebrado com a chegada daquele novo padre.
Lembro-me que a cada homilia, a cada café tomado, a cada conversa crescia o número de admiradores! Os comentários positivos vinham de todo lugar. Até imitava-o para alguns amigos o seu forte sotaque, parei, e o sotaque? Continua lá, habituamos com aquele sotaque bonito! Então, esperávamos ansiosamente pela primeira e a última terça dos meses, era quando o mesmo vinha celebrar a Santa Missa. A esta altura, percebi que aquele padre, não era só o padre das idosas, era o padre das crianças, dos adultos e também era o padre dos jovens! Ganhou a todos sem fazer nenhum esforço, esse padre gosta de gente!
Aliás, sempre ouvir dos padres que a igreja era dos jovens, e era mesmo. Mas não via neles nenhum esforço para que os mesmos se sentissem parte, já que nem diálogo havia entre padre e os jovens. Como ir a Igreja? Fazer parte? Fé! E o incentivo dos amigos. Mas, aquele padre em especial, era diferente. Tinha diálogo, sabia ser enérgico quando preciso, sempre elegante, notava-se que é um intelectual, e que estava disposto a fazer sempre algo a mais, e fizera.
Soube ser imparcial diante da política de Ibicuí. Abriu os nossos olhos, agora, todos poderiam ver os seus direitos e deveres como cidadãos (ãs), diante da realidade de abandono que vivia ou vivem os ibicuienses, e então, mostrou-nos qual o papel do leigo cristão na política. Seu coração enorme, sua atitude cristã de ajudar os menos favorecidos, já era para mim o suficiente, entretanto, o pároco foi além, registrei através de grafemas neste espaço democrático que o padre em questão, fez mais neste curto período que esteve à frente da Paróquia São Pedro do que TODOS os políticos que tiveram por décadas na Prefeitura de Ibicuí, e não é retórica – é fato!
Sobrenome de família real, simplicidade de homem sertanejo do campo, pois saiba que suas palavras padre estarão sempre nos nossos corações: “Juízo!”, e nas nossas mentes, suas obras estarão diante dos nossos olhos, suas amizades feitas, é rocha! Seus afilhados, suas afilhadas e seus sempre paroquianos estarão sempre aqui, ali, aculá, e fique a vontade para fazer visitas para uma conversa, para um café, para confidenciá-lo como amigo ou uma confissão.
Na correria do dia-a-dia, padre, perdoe-nos pela falta de uma ligação, de uma mensagem nas horas certas e incertas para dizer como vai? Como foi o seu dia? Precisa de algo? Fazer uma visita! Todavia, saiba que o senhor conta sempre com a minha oração. Sua altivez, o faça hoje o que pode ser feito hoje, a convicção e o seu positivismo/otimismo nos encanta e inspira. Perdoa porque só compreenderemos o seu papel quando chegarmos ao paraíso... Se o compreendêssemos na terra, morreríamos, não de pavor, mas de amor, parafraseando São João Maria Vianney.
Por tudo que fez, e quiçá por tudo que gostaria de ainda fazer por Ibitupã, resta-me dizer com nostalgia e ao mesmo tempo feliz porque sabemos que o seu coração e a porta da sua casa estará sempre aberta para nós. Que Deus ilumine os seus passos e lhe dê forças e muita saúde para prosseguir com seu ministério. Muito obrigado Padre Ariosvaldo Aragão, padrinho!


Diretor-presidente: Pericles Gomes. Edição e Revisão: Adenilson de Oliveira. Produção Executiva: Jailton Silva Gomes. Direção de Pauta: Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Marketing e Propaganda: Abel Meira Gomes. Colunistas: Pericles Gomes/Leandro Bahiah/Pedro Henrique/Kallil Diaz. Colaboradores: Jamilson Campos/Henrique Alexandria e Josenaldo Jr.

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